Carta astral de Álvaro De Campos
Álvaro de Campos nasceu em 1890 em Tavira e é engenheiro de profissão. Estudou engenharia na Escócia,
formou-se em Glasgow, em engenharia naval. Visitou o Oriente e durante essa visita, a bordo, no Canal do Suez,
escreve o poema
Opiário, dedicado a Mário de Sá-Carneiro. Desiludido dessa visita, regressa a Portugal
onde o espera o encontro com o mestre Caeiro, e o início de um intenso percurso pelos trilhos do sensacionismo
e do futurismo ou do interseccionismo. Espera-o ainda um cansaço e um sonambulismo poético como ele prevê no
poema
Opiário: «Volto à Europa descontente, e em sortes / De vir a ser um poeta sonambólico». Conheceu Alberto Caeiro, numa visita ao Ribatejo e tornou-se seu discípulo: «O que o mestre Caeiro me ensinou foi a ter clareza; equilíbrio, organismo no delírio e no desvairamento, e também me ensinou a não procurar ter filosofia nenhuma, mas com alma.» (Páginas Íntimas e Auto Interpretação, p. 405). Distancia-se, no entanto, muito do mestre ao aproximar-se de movimentos modernistas como o futurismo e o sensacionismo. Distancia-se do objectivismo do mestre e percepciona as sensações distanciando-se do objecto e centrando-se no sujeito, caindo, pois, no subjectivismo que acabará por enveredar pela consciência do absurdo, pela experiência do tédio, da desilusão («Grandes são os desertos, e tudo é deserto / Grande é a vida, e não vale a pena haver vida») e da fadiga («O que há em mim é sobretudo cansaço - / Não disto nem daquilo, / Nem sequer de tudo ou de nada: / Cansaço assim mesmo, ele mesmo, / Cansaço»). Álvaro de Campos experimentara a civilização e admira a energia e a força, transportando-as para o domínio da sua criação poética, nomeadamente nos textos Ultimatum e Ode Triunfal. Álvaro de Campos é o poeta modernista, que escreve as sensações da energia e do movimento bem como, as sensações de «sentir tudo de todas as maneiras». É o poeta que mais expressa os postulados do Sensacionismo, elevando ao excesso aquela ânsia de sentir, de percepcionar toda a complexidade das sensações. A sua primeira composição data de 1914 e ainda em 12 de outubro de 1935 assinava poesias, ou seja, pouco antes da morte de Fernando Pessoa o qual cessara de assinar textos antes de Álvaro de Campos. |
Álvaro de Campos nació en 1890 en Tavira y es ingeniero de profesión. Estudió ingeniería en Escocia,
se formó en Glasgow, en ingeniería naval. Visitó Oriente y durante esa visita, abordo, en el canal de Suez,
escribe el poema
Opiário, dedicado a Mário de Sá-Carneiro. Desilusionado de esa visita, regresa a Portugal
donde le espera el encuentro con el maestro Caeiro, y el inicio de un intenso recorrido por los rumbos del sensacionismo
y del futurismo o del interseccionismo. Lo espera todavía un cansancio y un sonambulusmo poético como él prevee en el
poema
Opiário: «Vuelvo a Europa descontento, y en suertes / De venir a ser un poeta sonámbulo». Conoció a Alberto Caeiro, en una visita a Ribatejo y se tornó su discípulo: «Lo que el maestro Caeiro me enseñó fue a tener claridad; equilibrio, organismo en el delirio y en el desvarío, y también me enseñó a no buscar tener ninguna filosofía, pero con alma.» (Páginas Íntimas e Auto Interpretação, p. 405). Se distancia, de mientras, mucho del maestre al aproximarse a movimientos modernistas como el futurismo y el sensacionismo. Se distancia del objetivismos del maestro y percibe las sensaciones distanciándose del objeto y centrándose en el sujeto, cayendo, pues, en el subjetivismo que terminará por encaminar por la consciencia del absurdo, por la experiencia del tedio, de la desilusión («Grandes son los desiertos, y todo es desierto / Grande es la vida, y no vale la pena que haya vida») y de la fatiga («Lo que está en mí es sobretodo cansancio - / No disto ni de aquello, / Ni siquiera de todo o de nada: / Cansancio así mismo, él mismo, / Cansancio.») Álvaro de Campos experimenta la civilización y admira la energía y la fuerza, trasnportándolas para el dominio de su creación poética, mayormente en los textos Ultimatum y Ode Triunfal. Álvaro de Campos es el poeta modernista, que escribe las sesanciones de la energía y del movimiento bien como, las sensaciones de «sentir todo de todas las maneras». Es el poeta que más expresa los postulados del Sensacionismo, elevando al exceso aquella ansia de sentir, de percibir toda la complejidad de las sensaniones. Su primer composición data de 1914 e incluso el 12 de Octubre de 1935 firmaba poesías, o sea, poco antes de la muerte de Fernando Pessoa el cual dejara de firmar textos antes que Álvaro de Campos. | |
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NOVIDADE ¡¡¡Novo!!! Ultimatum - P - C - Barrow-On-Furness - P - C -
POESIAS
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