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A Água
A água chia no púcaro que elevo à boca.
«É um som fresco» diz-me quem me dá a bebê-la.
Sorrio. O som é só um som de chiar.
Bebo a água sem ouvir nada com a minha garganta.
El agua chilla en el jarro que elevo a la boca.
«Es sonido fresco» me dice quien me da de beberla.
Sonrio. El sonido es sólo un sonido de chillido.
Bebo el agua sin oir nada con mi garganta.
Poemas Inconjuntos
Alberto Caeiro
29-5-1918

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