A praça da Figueira de manhã,
Quando o dia é de sol (como acontece
Sempre em Lisboa), nunca em mim esquece,
Embora seja uma memória vã.
Há tanta coisa mais interessante
Que aquele lugar lógico e plebeu,
Mas amo aquilo, mesmo aqui... Sei eu
Por que o amo? Não importa. Adiante...
Isto de sensações só vale a pena
Se a gente se não põe a olhar para elas.
Nenhuma delas em mim serena...
De resto, nada em mim é certo e está
De acordo comigo próprio. As horas belas
São as dos outros ou as que não há.
|
La plaza Da Figueira de mañana,
Cuando el día es soleado (como ocurre
Siempre en Lisboa), nunca en mí olvida,
Pese a que sea una memoria vana.
Hay tanta cosa más interesante
Que aquél lugar lógico y plebeyo,
Pero amo aquello, incluso aqui... ¿Sé yo
Por qué lo amo? No importa. Adelante...
Esto de sensaciones sólo vale la pena
Si la gente no se pone a mirar a ellas.
Ninguna de ellas en mí serena...
Del resto, nada en mí es acertado y está
De acuerdo conmigo mismo. Las horas bellas
Son las de los otros o las que no existen.
|