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No Ciclo Eterno
No ciclo eterno das mudáveis coisas
Novo inverno após novo outono volve
À diferente terra
Com a mesma maneira.
Porém a mim nem me acha diferente
Nem diferente deixa-me, fechado
Na clausura maligna
Da índole indecisa.
Presa da pálida fatalidade
De não mudar-me, me infiel renovo
Aos propósitos mudos
Morituros e infindos.
En el ciclo eterno de las cambiables cosas
Nuevo invierno después del nuevo otoño vuelve
A la diferente tierra
Con la misma manera.
Pero a mí no me halla diferente
Ni diferente me deja, cerrado
En la clausura maligna
De índole indecisa.
Presa de la pálida fatalidad
De no cambiarme, infiel me renuevo
A los propósitos mudos
Moribundos e infinitos.
Odes De Ricardo Reis
Ricardo Reis

©2005-01-04 by Sebastián Santisi, all rights reserved.


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