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Sofro, Lídia
Sofro, Lídia, do medo do destino.
A leve pedra que um momento ergue
As lisas rodas do meu carro, aterra
        Meu coração.

Tudo quanto me ameace de mudar-me
Para melhor que seja, odeio e fujo.
Deixem-me os deuses minha vida sempre
        Sem renovar

Meus dias, mas que um passe e outro passe
Ficando eu sempre quase o mesmo, indo
Para a velhice como um dia entra
        No anoitecer.
Sufro, Lidia, del miedo del destino.
La leve piedra que un momento yergue
Las lisas ruedas de mi carro, aterra
        Mi corazón.

A todo cuando me amenace para cambiarme
Por mejor que sea, odio y huyo.
Déjenme los dioses mi vida siempre
        Sin renovar

Mis días, pero que uno pase y otro pase
Quedando yo siempre casi el mismo, yendo
Para la vejez como un día entra
        En el anochecer.
Odes De Ricardo Reis
Ricardo Reis

©2005-01-04 by Sebastián Santisi, all rights reserved.


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