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Que Noite Serena!
Que noite serena!
Que lindo luar!
Que linda barquinha
Bailando no mar!

Suave, todo o passado — o que foi aqui de Lisboa — me surge...
O terceiro andar das tias, o sossego de outrora,
Sossego de várias espécies,
A infância sem futuro pensado,
O ruído aparentemente contínuo da máquina de costura delas,
E tudo bom e a horas,
De um bem e de um a horas próprio, hoje morto.

Meu Deus, que fiz eu da vida?

Que noite serena, etc.

Quem é que cantava isso?
Isso estava lá.
Lembro-me mas esqueço.
E dói, dói, dói...

Por amor de Deus, parem com isso dentro da minha cabeça.
¡Qué noche serena!
¡Qué linda luz de luna!
¡Qué linda barquita
Bailando en el mar!

Suave, todo lo pasado — lo que vino después de Lisboa — me surge...
El tercero andar de las tías, el sosiego de otrora,
Sosiego de varias especias,
La infancia sin futuro pensado,
El ruido aparentemente continuo de la máquina de coser de ellas,
Y todo bueno y por momentos,
De un bien y de uno por momentos propio, hoy muerto.

Dios mio, ¿qué hice de la vida?

Qué noche serena, etc..(*)

¿Quén era que cantaba eso?
Eso estaba allá.
Me acuerdo pero olvido.
Y duele, duele, duele...

Por amor de Dios, terminen con eso dentro de mi cabeza.

Álvaro de Campos

(*) N.d.T: No sé si esto sea original o es producto de la pereza de algún transcriptor.

©2005-03-24 by Sebastin Santisi, all rights reserved.


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