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Canta Onde Nada Existe
Canta onde nada existe
O rouxinol para seu bem — ,
Ouço-o, cismo, fico triste
E a minha tristeza também — .

Janela aberta, para onde
Campos de não haver são
O onde a dríade se esconde
Sem ser imaginação.

Quem me dera que a poesia
Fosse mais do que a escrever!
Canta agora a cotovia
Sem se lembrar de viver...
Canta donde nada existe
El tordo para su bien — ,
Óigolo, absórtome, quedo triste
Y mi tristeza también — .

Ventana abierta, hacia donde
Campos de no existir son
En donde la dríade se esconde
Sin ser imaginación.

¡Quién me diera que la poesía
Fuera más que escribirla!
Canta ahora la cogujada
Sin acordarse de vivir...
Poesias Inéditas
Fernando Pessoa

©2005-05-24 by Sebastián Santisi, all rights reserved.


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